Esta página é para divulgação dos eventos do Conselho Regional e das Fraternidades que compõe este Regional. Sejam todos bem vindos! Paz e bem!

28 agosto 2017

Nova Assistência Espiritual


Queridos irmãos e irmãs, paz e bem!

Na alegria do Senhor, a Fraternidade Conselho Regional Sudeste 2 RJ/ES comunica a todos irmãos e irmãs que a Ir. Juliana Ferreira de Jesus – Irmãs Franciscanas do Senhor, é a nova Assistente Espiritual do Regional, com isso temos os seguintes assistentes:

Frei Almir - OFM
Frei Francisco - OFMConv
Frei Quercio - OFMCap
Ir. Juliana – Irmãs Franciscanas do Senhor

Contamos com as orações de todos e que o Espirito do Senhor continue condunzindo nosso caminhar.

Saudações francisclarianas,

Conselho Regional

22 agosto 2017

É preciso voltar a Assis - II



NÃO PODE HAVER FRATERNIDADE SEM MISERICÓRDIA

Há obediência em ouvir uma voz e vir. Há forte energia da presença fraterna. Há renovação de promessas e sentir a presença de sentir-se pertença. Há uma virtude vivida por Deus e seu Filho que nos inspira: a Misericórdia! Colocar o coração nos limites da fragilidade humana para descobrir a força de amar e cuidar. Não pode haver Fraternidade sem Misericórdia, diante dos desafios éticos e humanísticos do mundo contemporâneo.

Quando aconteceram os primeiros Capítulos das Esteiras, o momento celebrativo era Pentecostes e o fogo que estava nas cabeças vinha do incandescente amor que estava no coração. Não era fácil para eles em tempos de mudanças do feudalismo para a comuna, da eclesiologia decadente para a força dos Movimentos Penitenciais, um sentimento novo de Cortesia e Cordialidade em tempos rudes de guerras. Assis não era só videiras e girassóis, havia o expectro da guerra entre nobres e plebeus, entre o papa e o imperador entre a avareza e a desambição.

Mas hoje Assis é aqui, em tempos de guerras, tensões, violência urbana, governo paralelo do tráfico e um atentado moral que é o desgoverno ao qual estamos sujeitos. Assis é aqui em meio a surpreendentes atentados terroristas, depressão ganhando espaço como uma grande síndrome moderna; a alienante busca de felicidade por meio das drogas; uma eclesiologia de freio de mão puxado, mas que começa a soltar-se aos poucos. Há 800 anos, um mendigo chamado Francisco, adentra a estrutura eclesial e vai fazer um Papa sonhar; e hoje um Papa Francisco faz toda uma Igreja sonhar e anda soltando as amarras.

O Ano da Misericórdia, em 2016, nos provocou com uma rara onda positiva para repensar, viver e levar a Misericórdia. E do século XIII ao século XXI há segmentos do tempo que lembram para nós que todo tempo é tempo de salvação, e lembram para nós um tempo propício onde a salvação age com mais intensidade. Este é o nosso tempo! Viver a misericórdia é derramar qualidade num tempo de dramáticas desesperanças.

Voltar a Assis, no tempo de Clara e Francisco, é retomar o tempo de humanizar um Deus e divinizar o humano. Se não, como se apaixonar pela Encarnação? Vamos voltar como peregrinação, conversão e indulgência, levando a Misericórdia. Peregrinação andar pelos campos da realidade. Conversão como mudança de lugar. Indulgência como perdono, perdonare, per+dono, através dos dons, devolver os dons, apresentar-se com qualidade. Mais comunhão de vida. Não existe intercessão sem comunhão.

CONTINUAÇÃO DOS APONTAMENTOS DA PALESTRA NO CAPÍTULO DAS ESTEIRAS DA FAMÍLIA FRANCISCANA DO BRASIL - APARECIDA - AGOSTO 2017

FREI VITÓRIO MAZZUCO


Fonte: http://carismafranciscano.blogspot.com.br

“É preciso voltar a Assis!”



Não podemos voltar ao passado, mas podemos trazê-lo de volta até nós e atualizá-lo. Francisco de Assis e Clara de Assis não são santos do passado, mas sim do presente. Eles puxam a nossa história para a frente e apontam um futuro de esperança. Eles são santos da utopia e sonhos não envelhecem. Falta de esperança e desencanto no mundo não fazem parte da nossa proposta franciscana e clariana.

O Espelho da Misericórdia é olhar o mundo e sonhar, propor e concretizar uma humanidade possível, um mundo possível e um Deus possível. Assis, mais do que uma cidade é um lugar onde os espíritos sadios se encontram. Assis é aqui no Capítulo das Esteiras onde o ontem e o hoje se encontram para tecer propostas urgentes agora e para o amanhã de certezas.

Vamos voltar a Assis como Capítulo das Esteiras, vamos refazer I Fioretti 18, que narra para nós a inspiração do fato: “Grandes coisas prometemos, maiores nos são prometidas”. A palavra Capítulo tem sua raiz latina “caput”, isto é, cabeça. Mas num sentindo mais amplo, o que está na totalidade do nosso corpo, mente, espírito, alma e coração. “Caput” é o que está no mais alto dos nossos anseios, o que está em nosso centro, núcleo, no lugar mais elevado, naquilo que está acima, no mais importante.

Temos que dizer como o apóstolo Paulo que Cristo é a cabeça do Corpo Místico. Caput, Capítulo, Capitão, Capital, a cidade mais importante, cabeceira, o lugar da nascente, um manancial forte e inesgotável. Caput, Capítulo, o que está nas nossas cabeças? Quem é a cabeça do grupo? Para São Francisco o Espírito Santo era a cabeça, o Ministro Geral da Ordem; para Clara, o Espelho era a fusão entre a Amada e o Amado; para a Fraternidade Primitiva, o Capítulo sabia gerar adequadamente obediência, pobreza e pureza de coração na medida certa, esta coisa linda de ter a cabeça afiadíssima com o Evangelho. Então, vamos voltar a Assis, a Santa Maria dos Anjos, e reunir milhares no mesmo espírito, sem falar banalidades, mas contar as maravilhas que o Senhor anda realizando através da força do comum. Como buscar inspiração? O que move um encontro assim? O que atrai para um encontro assim? A lógica da pobreza e da simplicidade justifica as Esteiras.

APONTAMENTOS DA PALESTRA NO CAPÍTULO DAS ESTEIRAS DA FAMÍLIA FRANCISCANA DO BRASIL - APARECIDA - AGOSTO 2017

FREI VITÓRIO MAZZUCO


Fonte: carismafranciscano.blogspot.com.br

21 agosto 2017

Frei Almir escreve sobre “O perfil da fraternidade OFS




1. Os franciscanos seculares constituem um ramo da Família franciscana. Esta é formada por todos os que têm em comum a missão de tornar presente no mundo a graça, o carisma próprio de São Francisco. No seio desta única Família, a vocação franciscana é vivida por modalidades diferentes e complementares. Entre as concretizações de Fraternidades está a vida franciscana vivida por leigos no mundo.

2. A palavra-chave é Fraternidade. Ora, a Fraternidade é uma comunidade reunida por Francisco por causa de Jesus Cristo e do Evangelho. Reúne na amizade cristãos de diferentes ambientes e meios sociais, de todas as idades e condições de vida. É constituída por membros pertencentes a fraternidades locais.

3. A Fraternidade, na verdade, é um ambiente espiritual onde cada um cresce na vivência do Evangelho e se abre à fraternidade universal. Seus membros, designados de irmãos, se entreajudam a viver o Evangelho à maneira de São Francisco na Igreja e no mundo. Nesse propósito, eles se colocam à disposição uns dos outros tendo como base a Regra.

4. Bem consciente da vocação leiga de seus membros, a Fraternidade ajuda a cada um a assumir sempre mais plenamente suas responsabilidades pessoais, familiares e sociais inerentes ao seu estado secular e a realizar sua missão cristã no mundo.

5. A Fraternidade brota do amor de Cristo. De forma alguma pode ela se dobrar sobre si mesma. Necessariamente é uma comunidade aberta para a Igreja e o mundo. A Fraternidade é solidária a todo o gênero humano e sua história. Seus membros têm como ponto de honra acompanhar a presença no Senhor no mundo. Normalmente, são pessoas habilitadas a ler os sinais dos tempos.

6. A Fraternidade quer ser para cada um de seus membros e para todos os homens um sinal modesto, mas verdadeiro de vida evangélica e de fraternidade universal.

7. Em razão da condição leiga de seus membros, a Fraternidade é uma comunidade ordinariamente dispersa. Por isso, os momentos de reunião são de grande importância. Quando a Fraternidade se reúne em nome de Cristo, a Fraternidade vive um tempo forte. Ali ela manifesta seus traços fundamentais. As reuniões realizadas ao longo do tempo da vida fortalecem a vocação. É essencial, pois que os irmãos participem ativa e regularmente dos encontros de sua Fraternidade. As reuniões haverão de ser muito bem preparadas para que produzam fruto e não cansaço e irritação.

8. A reunião não constitui um fim por si mesma. Sua finalidade é alimentar uma vida que precisa se manifestar ao longo do tempo. É ao longo da existência cotidiana que cada um traduz a realidade espiritual que consiste em ser membro da Fraternidade.

9. A Fraternidade é uma comunidade de irmãos, uma comunidade de escuta da Palavra de Deus, comunidade de oração, comunidade de partilha fraterna. Não se pode esquecer que a Fraternidade constitui uma plataforma onde se forjam missionários do Evangelho.

FREI ALMIR GUIMARÃES
Assistente Regional da OFS

Fonte: franciscanos.org

OFS: uma comunidade de irmãos



1. É Cristo Jesus que que reúne em fraternidades homens e mulheres e faz que eles se tornem efetivamente irmãos. Chamados a viver como irmãos os membros de uma fraternidade vão tecendo relacionamentos fraternos uns com os outros e amando-se na qualidade do amor de Cristo Jesus.

2. Como pano de fundo dessa comunidade de irmãos está a experiência das primeiras comunidades cristãs: “Eles frequentavam com perseverança a doutrina dos apóstolos, as reuniões em comum, o partir do pão e as orações. De todos apoderou-se o medo à vista dos prodígios e sinais que os apóstolos faziam. E todos os que tinham fé viviam unidos, tendo todos os bens em comum. Vendiam as propriedades e os bens e dividiam o dinheiro com todos, segundo as necessidades de cada um. Todos os dias se reuniam unânimes, no Templo. Partiam o pão nas casas e comiam com alegria e simplicidade de coração. Louvavam a Deus e gozavam da simpatia de todo o povo. Cada dia o Senhor lhes ajuntava outros a caminho da salvação” (Atos 2,42-47).

3. O amor fraterno se manifesta e se exprime de muitas maneiras:

• por uma atitude de acolhimento de cada um;
• por uma atenção calorosa e bondosa para com todos os membros da fraternidade, sem deter-se em simpatias pessoais, aprendendo a ouvir a todos;
• procurando fazer com que cada um encontre seu lugar na fraternidade nela, integrando-se mais e mais;
• ajudando mais especialmente aqueles membros que têm dificuldades ou vivem enfermidades, luto e carências notáveis;
• eventualmente os irmãos se ajudam material e financeiramente;
• as pessoas doentes e os idosos haverão de merecer especial atenção;
• criando um clima de confiança de tal maneira que cada um possa sentir-se à vontade para exprimir desejos e necessidades;
• com um esforço de querer, concretamente, partilhar a vida e as preocupações do outro;
• estabelecendo um diálogo verdadeiro;
• os membros da Fraternidade não hesitam em abordar os assuntos mais variados, para poderem viver em plenitude e não serem pessoas cansativamente rotineiras;
• em fraternidade, os irmãos exercem uma fidelidade criativa;
•por meio do diálogo, os irmãos sentem com a possibilidade de conviver com o diferente

4. Através do diálogo fraterno, os membros da Fraternidade dão passos avantajados rumo a uma comunhão cada vez mais estreita. Dão ao mundo o testemunho de que se amam e se estimam. Vivendo o fraternismo em suas Fraternidades, os irmãos e irmãs sentem capacitados a criar laços fraternos com todos os homens e mesmo com todo o mundo criado.
Texto para reflexão

“Onde estão e onde quer que se encontrarem os irmãos, mostrem-se mutuamente familiares entre si. E com confiança um manifeste ao outro sua necessidade, porque, se a mãe nutre a ama seu filho carnal, quanto mais diligentemente não deve cada um amar e nutrir a seu irmão espiritual? E se algum deles cair enfermo, os outros irmãos devem servi-lo como gostariam de ser servidos” (Regra Bulada, cap. VI).

Fonte: Franciscanos.org